Cerimônia está sendo organizada em diálogo com o Povo Tupinambá para garantir o direito sagrado dos indígenas em relação ao manto
No dia 11 de julho, o manto retornou do Museu Nacional da Dinamarca e chegou ao Museu Nacional, localizado no Rio de Janeiro. Foto: Reprodução/Museu Nacional da Dinamarca.
Secom – O Ministério dos Povos Indígenas (MPI), em conjunto com os Ministérios da Educação (MEC) e da Cultura (MinC) e contando com a parceria do Ministério das Relações Exteriores (MRE), irá realizar a cerimônia de celebração pelo retorno do Manto Sagrado Tupinambá ao Brasil em setembro, com a participação de lideranças do Povo Tupinambá.
A cerimônia oficial acontecerá no dia 12, na Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, e contará com a presença do Povo Tupinambá, da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara e demais autoridades do Governo Federal, estadual e municipal, além de outros convidados.
Nos dias anteriores, o Povo Tupinambá irá realizar seus rituais sagrados de vigília, além de visita ao manto em uma sala da Biblioteca Central do Museu Nacional. Todo o evento está sendo organizado em diálogo permanente com o Povo Tupinambá para garantir o direito sagrado dos indígenas em relação ao artefato.
RETORNO DO MANTO
Objeto raro e sagrado para o Povo Tupinambá, o manto retornou da Dinamarca, mais precisamente do Museu Nacional do país nórdico, e chegou ao Museu Nacional, localizado no Rio de Janeiro, no dia 11 de julho. A devolução ao país contou com a articulação entre instituições do Brasil e da Dinamarca, incluindo o Ministério das Relações Exteriores (MRE), por meio da Embaixada do Brasil na Dinamarca, os museus dos dois países e lideranças do povo Tupinambá.Entre os dias 1º e 4 de abril deste ano, o Ministério dos Povos Indígenas compareceu ao território Tupinambá, na Serra do Padeiro e em Olivença, para cumprir com o processo de escuta junto às lideranças e à comunidade indígena, conforme prega a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O objetivo foi consultá-los sobre a importância e a relação que possuem com o manto ancestral, que tem caráter sagrado, e para viabilizar o contato dos Tupinambá com a peça.
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